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História do Colégio

 

 

As origens do Colégio remontam a 1898, altura em que a Professora Susana Duarte fundou uma pequena escola primária na rua de Santa Marinha, na parte antiga da cidade de Lisboa.

Tendo casado com o Professor Frederico César de Valsassina em 12/12/1907, a então Escola Primária foi alargada ao Ensino Liceal para a preparação individual de alguns alunos.

 

 

Devido ao número crescente de alunos, a Escola transferiu-se para uma moradia em Benfica, nessa altura um bairro periférico de Lisboa, e já com cursos regulares, Primário e Secundário. Chamava-se então Escola Moderna. Foi encerrada em 1918, por dificuldades associadas aos efeitos da 1ª Guerra Mundial e à situação económica do País, incluindo a falta de apoio ao Ensino Particular.

 

 

Em 1919, ainda em Benfica, o Professor Frederico Valsassina reabre novas salas de estudo para preparação individual de alunos, tendo-se posteriormente instalado na Praça Luís de Camões, no centro de Lisboa. Esta situação manteve-se até 1931. Em Setembro de 1932, já com o nome de Escola Valsassina, instalou-se na Av. António Augusto de Aguiar n.º 130, tendo sido autorizada a funcionar como Escola Primária e Salas de Estudo.

 

 

Em Outubro de 1934 a Escola transferiu-se para o Palácio Lousã - na mesma Avenida n.º 148, onde começou a verdadeira existência do Colégio Valsassina. Dispondo de magníficas instalações para a altura, permitiu o lançamento de um projecto educativo inovador, com todos os tipos de Ensino - Infantil, Primário e Liceal – para cerca de 300 alunos e com regime de internato para cerca de 80 alunos a partir dos finais dos anos 40 e até Setembro de 1959. Entretanto em 1941, a filha e o genro dos fundadores do Colégio, Maria Frederica e Mário Heitor, passaram a colaborar na Direcção da Escola. Em 1948 começou a funcionar a Colónia de Férias nas Azenhas do Mar, em Sintra, com uma capacidade que foi sendo continuamente melhorada e renovada para mais de 60 alunos. Devido à grande procura de terrenos no centro da cidade e dado o edifício onde funcionava o Colégio estar arrendado e o proprietário mostrar desejo de o demolir, a família procurou um local onde pudesse vir a ser construído um novo Colégio e desenvolvido o projecto educativo em curso.

 

 

Em Novembro de 1948 foi adquirida a Quinta das Teresinhas onde funciona actualmente o Valsassina. Durante o período de 1948-1959 funcionaram em simultâneo duas secções: uma na Avenida António Augusto de Aguiar com a designação de Colégio Valsassina e outra na Quinta das Teresinhas com o nome de Colégio Suzana de Valsassina. A partir de 1 de Outubro de 1959 as duas secções fundiram-se numa única, passando o Colégio a funcionar somente na Quinta das Teresinhas, na altura já com cerca de 500 alunos, incluindo internato.

Entretanto, após a morte do Professor Frederico Valsassina em 1951, o seu neto, Frederico Lúcio de Valsassina Heitor, que se tinha licenciado em matemática após ter iniciado estudos em engenharia no Instituto Superior Técnico em Lisboa, passou a colaborar nos destinos do Colégio, assumindo a Direcção Pedagógica. Em 1954 casou com Maria Manuela, educadora, que viria a assumir a partir dos anos 60 a coordenação dos ensinos infantil e primário. Ambos desenvolveram e aprofundaram o projeto educativo do Colégio, com base na profissionalização gradual de um corpo docente de qualidade e assente numa formação humanista de cariz laico.

 

 

O Colégio modernizou-se e expandiu-se, atingindo cerca de mil alunos no final dos anos 60, tendo entretanto sido construídos quatro novos pavilhões – liceal, infantil, internato e ginásio – projectados pelos arquitectos Raul Tojal e Manuel Carvalho. O reconhecimento público do trabalho então desenvolvido foi manifestado pela atribuição, em 1958, do Grau de Oficial da Ordem de Instrução Pública ao seu então Director, Mário Heitor.

Nos finais dos anos 70, após a sua morte e num novo contexto político e socioeconómico em Portugal, o internato e a Colónia de Férias foram extintos e o Colégio voltou a expandir-se para a sua capacidade e configuração actual, com cerca de 1400 alunos, 50% dos quais nos ensinos infantil e primário. Em 1976 é concedido ao Colégio o chamado ”paralelismo pedagógico” por tempo indeterminado, tendo sido atribuída em 1984 ”autonomia pedagógica” para o Sector Primário, a qual seria alargada a todo o ensino ministrado no Colégio em 1986. O contínuo reconhecimento público ao trabalho do Colégio foi então manifestado pela atribuição, em 1985, do título de Membro Honorário da Ordem de Instrução Pública - D.R. 258 II Série de 20/11/85 (alvará de 20/09/85). Dez anos mais tarde, em 10 de Junho de 1995, Frederico Valsassina Heitor foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Instrução Pública .

Entretanto, o seu filho João, bisneto dos fundadores, que colaborava na Direcção do Colégio desde 1976, assumiu no ano 2000 a Direcção Pedagógica do Colégio, na qual passou também a colaborar a Professora Maria Alda Soares Silva. Frederico Valsassina Heitor estabeleceu então uma Sociedade de Família para assumir os destinos do Colégio, á qual presidiu até á sua morte inesperada em 2010. A partir de 2009 tinha passado a contar também com a colaboração da sua neta Maria, iniciando assim o envolvimento da 5ª geração sucessiva da Família Valsassina que tem norteado os destinos do Colégio.

 

 

A primeira década do século XXI é também de contínua modernização e aprofundamento do projecto educativo do Colégio, continuando a ter por base os seus ideais fundadores. É construído um novo pavilhão para o  e 3º ciclo, projectado pela equipa do Arquitecto Frederico Valsassina. Os valores humanistas e a educação para uma cidadania moderna são sistematicamente reforçados.

 

História da Quinta das Terezinhas

A "Quinta das Teresinhas" (ou da Boa Vista, designação que aparece em todos os documentos mais antigos) era uma das propriedades rústicas e urbanas dos arredores da velha Lisboa. A casa deve ter sido construída há mais de 250 anos, em largo terreiro plano a que se chegava, transposto o portão de entrada, por uma extensa rua de parreiras. O nome deriva do nome de duas irmãs Teresas, filhas de D.Teresa Eleutéria Joana de S. José, falecida em 8 de Janeiro de 1838. As duas herdeiras que tinham dado o nome à Quinta não entraram em acordo por questões de herança e a Quinta foi posta em execução judicial em 1839.

Em 1840 foi arrematada em praça por João Ruchini pela quantia de 1.200.000 réis. A casa de habitação estava quase em ruínas e exigiu uma reparação de 23.280 réis. Entre 1859 e 1948, a Quinta vai passar pelas mãos de vários proprietários e aumenta a sua extensão pela compra de 11.025 m2 da Quinta de Alpoim que confina com a das Teresinhas. E, finalmente, no dia 27 de Novembro de 1948, Frederico César de Valsassina compra a Quinta das Teresinhas pela quantia de 1.200 contos destinada à futura instalação da Escola Valsassina e, por mais 40 contos, o mobiliário que guarnece a casa de habitação, a criação existente nas capoeiras, o vinho e o azeite e lenha que se encontravam na adega, na dispensa e na vacaria. Em suma, uma quinta dentro da cidade que ia crescendo pelos bairros de Alvalade e da Encarnação, estendendo-se aos terrenos do aeroporto.

A Quinta das Teresinhas é, no dizer de Frederico César de Valsassina, "um mirante sobre a cidade e seus arredores numa das mais higiénicas e pitorescas regiões de Lisboa moderna". E também dele a previsão de que "o escondido solar, velhinho de mais de 200 anos, remoçará na alegria da mocidade e na proximidade de edifícios de linhas sóbrias. E, lá do alto, verá rasgarem-se novas avenidas que tornarão mais fácil e agradável o acesso à quinta". Hoje ela é um reduto verde entre os prédios altos que crescem sem parar nesta zona da cidade que tem o Tejo por limite. Um Colégio/Quinta a convidar ao repouso, ao contacto com a Natureza, às actividades ao ar livre, ao equilíbrio, um antídoto contra o stress urbano.

 

 

Cronologia

  • 1898 Escola Primária (Rua Stª Marinha)
  • 1907 Escola Primária e Liceal – Ensino Individual
  • 1908 Escola Moderna em Benfica
  • 1919 Centro de Explicações em Benfica
  • 1925 Centro de Explicações (Praça Luís de Camões em Lisboa)
  • 1932 Escola Valsassina (Avª António Augusto de Aguiar nº130 em Lisboa)
  • 1934 Colégio Valsassina – Palácio da Lousã (Avª António Augusto de Aguiar nº 148 em Lisboa)
  • 1948 Colégio Suzana de Valsassina (Quinta das Terezinhas em Lisboa)
  • 1958 Atribuição do Grau de Oficial da Ordem de Instrução Pública ao Director
  • 1959 Colégio Valsassina (as duas secções juntam-se na Quinta das Terezinhas)
  • 1976 É concedido o Paralelismo Pedagógico
  • 1984 É concedida a Autonomia Pedagógica
  • 1985 Membro honorário da Ordem de Instrução Pública
  • 1995 Atribuição do Grau de Comendador da Ordem de Instrução Pública ao Director
  • 2007 Inauguração do novo Pavilhão do Segundo Ciclo