Quinta das Teresinhas: Historial
A “Quinta das Teresinhas” (ou da Boa Vista, designação que aparece em todos os documentos mais antigos) era uma das propriedades rústicas e urbanas dos arredores da velha Lisboa.
A casa deve ter sido construída há mais de 250 anos, em largo terreiro plano a que se chegava, transposto o portão de entrada, por uma extensa rua de parreiras.
O nome deriva do nome de duas irmãs Teresas, filhas de D.Teresa Eleutéria Joana de S.José, falecida em 8 de janeiro de 1838.As duas herdeiras que tinham dado o nome à Quinta não entraram em acordo por questões de he-rança e a Quinta foi posta em execução judicial em 1839.
Em 1840 foi arrematada em praça por João Ruchini pela quantia de 1.200.000 réis. A casa de habitação estava quase em ruínas e exigiu uma reparação de 23.280 réis.
Entre 1859 e 1948, a Quinta vai passar pelas mãos de vários proprietários e aumenta a sua extensão pela compra de 11.025 m2 da Quinta de Alpoim que confina com a das Teresinhas.
E, finalmente, no dia 27 de novembro de 1948, Frederico César de Valsassina compra a Quinta das Teresinhas pela quantia de 1.200 contos destinada à futura instalação da Escola Valsassina e, por mais 40 contos, o mobiliário que guarnece a casa de habitação, a criação existente nas capoeiras, o vinho e o azeite e lenha que se encontravam na adega, na dispensa e na vacaria.
Em suma, uma quinta dentro da cidade que ia crescendo pelos bairros de Alvalade e da Encarnação, estendendo-se aos terrenos do aeroporto.
A Quinta das Teresinhas é, no dizer de Frederico César de Valsassina, “um mirante sobre a cidade e seus arredores numa das mais higiénicas e pitorescas regiões de Lisboa moderna”.
E também dele a previsão de que “o escondido solar, velhinho de mais de 200 anos, remoçará na alegria da mocidade e na proximidade de edifícios de linhas sóbrias. E, lá do alto, verá rasgarem-se novas avenidas que tornarão mais fácil e agradável o acesso à quinta”.
Hoje ela é um reduto verde entre os prédios altos que crescem sem parar nesta zona da cidade que tem o Tejo por limite. Um Colégio/Quinta a convidar ao repouso, ao contacto com a Natureza, às atividades ao ar livre, ao equilíbrio, um antídoto contra o stress urbano.
Crescer e aprender num “espaço-quinta”
Educar no “espaço-quinta” do Valsassina significa Formar, de forma completa, os nossos alunos, quer do ponto de vista académico, quer do ponto de vista humano. Significa que, para além dos conteúdos de cada disciplina é necessário chamar-lhes a atenção para outras áreas no domínio do ambiente, da cultura, da arte, do desporto e da música. Significa ainda difundir e interiorizar Valores tais com a solidariedade, o respeito pelos outros, a liberdade, a autonomia e a responsabilidade. Mas, para além de tudo isto, educar, significa também mostrar a realidade do dia-a-dia.
Educar não é colocar os nossos alunos dentro de uma redoma, sem conhecimento do que se passa “lá fora”, na nossa cidade, no País e no Mundo. Por isso torna-se tão importante não só estudar e aprender, mas também crescer percebendo a evolução das “coisas” da natureza e da vida quotidiana, como apanhar sol nos recreios, ou apanhar chuva a correr para o refeitório, subir às árvores, plantar árvores, recolher plantas, ou cair no chão e arranhar os joelhos. Correrem pela quinta ou jogarem às escondidas.
Criar um mundo de aventuras, construir as suas cabanas e lugares secretos, ou simplesmente passear e conversar debaixo da sombra dos eucaliptos. Isto também faz parte da aprendizagem do que é a vida real.
Os valores da Amizade, da Liberdade e do Conhecimento estão bem presentes na identidade do nosso Colégio. Enquanto Comunidade Educativa e espaço de aprendizagem sempre se desenvolveu num espírito e ambiente familiar, privilegiando a tolerância, o respeito pelo outro, as relações de amizade, como forma de socialização e de aprendizagem cooperativa, e o gosto pelo conhecimento, como forma de enriquecimento e de desenvolvimento das nossas capacidades intelectuais.
O “espaço-quinta” do Valsassina potencia e favorece a aquisição destes valores.
“Estudar numa quinta faz com que possamos ter a oportunidade de crescer num ambiente mais dinâmico”
Joana Duarte 12º ano
“Vai ser fácil recordar o início do ano letivo, quando o verão parte relutantemente, sentir e cheirar o verão que emana dos eucaliptos monumentais da escola”
Maria Inês Costa 9º ano
“Este é um espaço que nos sensibiliza”
Marta Carvalho 9º ano
“Estudar num colégio com tanto espaço livre aguça em mim a curiosidade sobre o que me cerca“
Diogo Oliveira 12º ano
“Nele sinto um ambiente de harmonia e de esperança “
Marta Carvalho 9º ano